quarta-feira, 6 de maio de 2015

Brevidade do tempo

Roubado pelo encanto, esse texto que a Daniela Araújo escreveu encontrando as palavras exatas dos sentimentos que chegam de passagem...

Calcular o tempo não é se sentir velho, pelo contrário se sentir velho é se sentir inútil. Calcular o tempo é mensurar com mais temor de Deus ainda, a sua responsabilidade de enquanto aqui viver espalhar a fragrância do Cristo que aqui viveu...vejo tanta necessidade no mundo e sei da minha obrigação de fazer algo por menor que seja pra torná-lo um lugar que mesmo saturado do pecado - mesmo da menor maneira possível- que Deus seja sentido, conhecido através de mim...minha vida, história, testemunho. Somos pecadores, miseráveis, carentes de sua graça e desejar isso se constitui uma luta que não pode ser vencida na carne (aqui na terra) - o melhor nos espera lá e estaremos já transformados-  por mais brilhante que seja nosso intelecto carecemos constantemente da operação do Espírito Santo em nós pra nos fazer cristãos- imitadores de Cristo. Boa leitura:




"Eu tinha treze anos quando o tempo doeu em mim pela primeira vez, revelando a brevidade do meu vigor. Os cálculos de tempo na minha mente em relação às impressões gravadas em mim, me denunciavam os extremos de ser... de existir, de viver a vida por aqui. Me lembro que nessa época, uma de minhas primas estava grávida de sua primeira filha, e olhando pra barriga dela, calculei... "Daqui exatamente o meu tempo de vida, a filha da minha prima estará com a minha idade". Um tempo que parecia estar tão longe... e que chegou, e passou. E hoje, a filha da minha prima já vai fazer quinze anos.



Cálculos. Mania óbvia, ou dramática demais. Mas que foi base para tantos dos meus sentimentos e impressões, base para o rumo dos meus pensamentos reflexivos diários, base para o sentido da minha vida.

Eu não fantasio o passado, embora viva de memórias e saudades. E mesmo que o incerto tente me amedrontar, a Esperança me faz crer que podemos esperar por um futuro melhor. No presente é onde eu vivo, onde eu sinto. É onde Ele me revela faíscas da eternidade.

Que aqui no meu presente, prevaleçam as impressões dEle que há em mim. Meu querido presente! Que foi um dia, meu tão esperado futuro, e que no futuro, será meu inspirado passado.

Para a posteridade, mesmo quando não quiserem mais me ouvir, deixarei aqui nesse mundo, o melhor de mim: Ele. E embora tudo seja tão controverso, mesquinho e doloroso, eu sigo na Fé.

Rastros de poeira, memórias de vapor... que só não me falte o Amor."

Nenhum comentário:

Postar um comentário