quarta-feira, 6 de maio de 2015

Voz e afinação: qual o motivo da desafinação?

Você com certeza já se perguntou: 

Por que a voz de algumas pessoas é afinada e a de outras não?

Existem dois fatores principais que influenciam a capacidade de afinação de uma pessoa. O primeiro é a habilidade de diferenciar os sons captados, um processo que começa com a recepção pela orelha e vai até seu processamento na área auditiva do sistema nervoso. É ali que são decifrados e classificados os sons recebidos para que depois possam ser reproduzidos com exatidão. Porém, pode ocorrer de a pessoa reconhecer as notas, os timbres e a freqüência musical mas não conseguir repetir o som com exatidão. Aí entra em cena o segundo fator importante na afinação, a capacidade das cordas vocais de alcançarem diferentes notas. Nem sempre as cordas estão treinadas para se encurtarem o bastante na hora de atingir um tom grave nem se alongarem o suficiente para chegar aos tons mais agudos. A soma desses dois fatores é que determina se você é uma cantora ou um cantor em potencial.
"Basicamente, uma pessoa afinada é capaz de distinguir sons e de reproduzi-los adequadamente", afirma a fonoaudióloga Gisele Gasparini, do Centro de Estudos da Voz, em São Paulo. A genética ajuda nessa história, pois alguns já nascem com a capacidade de percepção sonora e a elasticidade das cordas vocais mais desenvolvidas. Mas, assim como você pode correr para exercitar suas pernas, é perfeitamente possível botar seus ouvidos e cordas vocais para malhar com a ajuda de um especialista ou em aulas de canto.

Mar de rosas: a vida é que não é

Uma reflexão  baseada em Provérbios 14.10:
 " O coração conhece a sua própria amargura, e da sua alegria não participará o estranho." 
Nestes últimos dias têm ocorrido diversas e grandes oportunidades de aprendizado em minha vida, onde pude me deparar com desafios, que há tempos não enfrentava. Foi necessário me confrontar para perceber, bem mais claramente, que a vida não é um parque de diversões nem um mar de rosas. Precisei compreender que essa mesma vida não é uma estufa espiritual nem uma redoma de vidro (como aquela utilizada pelo Pequeno Príncipe ao tentar proteger sua rosa dos perigos que ela poderia enfrentar no mundo). Não podemos nos blindar contra as situações adversas da vida. A vida não é indolor.
Nosso coração é um campo onde se travam muitas batalhas. Nessa peleja que foi travada, muitas vezes nosso coração conhece profundas amarguras. Lutamos contra medos e fraquezas que chegam a quase descarregar nossa bateria. Travamos uma batalha sem trégua contra o diabo e o pecado.
Lutamos infelizmente contra os outros e ainda contra nós mesmos. Muitas vezes, entramos no palco da vida como um ser ambíguo, confuso e contraditório. Choramos por nós mesmos, pelos membros da nossa família e amigos. Nessa saga cheia de suspiros, a fortaleza do nosso coração é um país distante e uma terra desconhecida, onde não repartimos nossas amarguras mais profundas com as pessoas mais íntimas nem as alegrias com os estranhos. Muitas vezes, a solidão é nossa companheira de caminhada. Conversamos com nossa própria alma. Abrimos com nosso próprio coração um monólogo no qual rasgamos o íntimo para conhecer nossas amarguras e alegrias.
(Por Hernandes Dias Lopes)

Brevidade do tempo

Roubado pelo encanto, esse texto que a Daniela Araújo escreveu encontrando as palavras exatas dos sentimentos que chegam de passagem...

Calcular o tempo não é se sentir velho, pelo contrário se sentir velho é se sentir inútil. Calcular o tempo é mensurar com mais temor de Deus ainda, a sua responsabilidade de enquanto aqui viver espalhar a fragrância do Cristo que aqui viveu...vejo tanta necessidade no mundo e sei da minha obrigação de fazer algo por menor que seja pra torná-lo um lugar que mesmo saturado do pecado - mesmo da menor maneira possível- que Deus seja sentido, conhecido através de mim...minha vida, história, testemunho. Somos pecadores, miseráveis, carentes de sua graça e desejar isso se constitui uma luta que não pode ser vencida na carne (aqui na terra) - o melhor nos espera lá e estaremos já transformados-  por mais brilhante que seja nosso intelecto carecemos constantemente da operação do Espírito Santo em nós pra nos fazer cristãos- imitadores de Cristo. Boa leitura:




"Eu tinha treze anos quando o tempo doeu em mim pela primeira vez, revelando a brevidade do meu vigor. Os cálculos de tempo na minha mente em relação às impressões gravadas em mim, me denunciavam os extremos de ser... de existir, de viver a vida por aqui. Me lembro que nessa época, uma de minhas primas estava grávida de sua primeira filha, e olhando pra barriga dela, calculei... "Daqui exatamente o meu tempo de vida, a filha da minha prima estará com a minha idade". Um tempo que parecia estar tão longe... e que chegou, e passou. E hoje, a filha da minha prima já vai fazer quinze anos.



Cálculos. Mania óbvia, ou dramática demais. Mas que foi base para tantos dos meus sentimentos e impressões, base para o rumo dos meus pensamentos reflexivos diários, base para o sentido da minha vida.

Eu não fantasio o passado, embora viva de memórias e saudades. E mesmo que o incerto tente me amedrontar, a Esperança me faz crer que podemos esperar por um futuro melhor. No presente é onde eu vivo, onde eu sinto. É onde Ele me revela faíscas da eternidade.

Que aqui no meu presente, prevaleçam as impressões dEle que há em mim. Meu querido presente! Que foi um dia, meu tão esperado futuro, e que no futuro, será meu inspirado passado.

Para a posteridade, mesmo quando não quiserem mais me ouvir, deixarei aqui nesse mundo, o melhor de mim: Ele. E embora tudo seja tão controverso, mesquinho e doloroso, eu sigo na Fé.

Rastros de poeira, memórias de vapor... que só não me falte o Amor."

Espera X Paciência

Por Alessandra Samadello.

Demorei pra escrever dessa vez. Um pouco de falta de tempo, um pouco de falta de idéia. Esse negócio de idéia é bem louco. As coisas surgem de dentro dessa caixa chamada mente, caixa de Pandora, cérebro de Deus. Quantas culturas o homem não cria para ter noção de sua existência. Temos que tocar para ser real. Temos que sentir para acreditar. Temos que ver para suportar; pois o invisível nos amedronta de tal forma que não podemos continuar. Todos temos um pouco de Tomé. Eu, particularmente, tenho MUITO de Tomé. Se pela tendência ao controle eu não sei, mas preciso ver para crer; e ver me torna pequena diante do invisível que me amedronta. Ao mesmo tempo sou seduzida pela idéia da fé que luta com minha mente e meu corpo, pois mesmo sendo invisível, me é quase palpável, quando literalmente a sinto em minhas experiências diárias. Sendo assim, reconheço que o invisível é maior do que eu.
Essa idéia do ver para crer é tão falsa quanto a noção que temos de nós mesmos. Se nos sentimos mais ou nos sentimos menos do que realmente somos, nos encaixotamos, nos limitamos, nos aprisionamos. Seria mais sábio abrir os nossos braços, relaxar o nosso corpo, abrir a nossa mente e no silêncio dar espaço a imensidão e grandiosidade desse ser que Deus criou e que insiste em ser menor do que realmente foi criado para ser. Receba o poder que lhe é devido. E o poder vem com a espera, com a “paciência de agir”, de caminhar em direção a Deus.
A caixa de pandora, hoje expressão muito usada para demonstrar algo turbulento ou emocionalmente explosivo, nada mais é do que uma lenda grega que, na minha opinião, descreve a impulsividade e a curiosidade humanas, que acabam por estragar uma fruta verde que com paciência poderia ser deliciosamente saboreada.
A lenda diz que Pandora foi uma deusa criada por Hefesto e Atena com a permissão de Zeus. Cada um deles, com a ajuda de outros deuses, lhe deram qualidades como graça, beleza, persuasão, inteligência, paciência, meiguice e dança; mas um desses deuses colocou traição e mentira em seu coração. Enviada à espécie humana, casou-se com Epitemeu, que em seu poder tinha uma caixa que continha todos os males. Ele disse a Pandora que não abrisse a caixa, mas sua curiosidade foi maior, e abrindo-a, quase todos os males escaparam. Por mais depressa que ela tentasse fechá-la, somente conservou um único bem: a esperança. Na tradução grega original, esperança não significa a espera positiva de algo que queremos que aconteça. Mas é simplesmente a espera pura, a paciência, o estado de expectativa de algo que pode acontecer a qualquer momento; seja bom ou ruim.
Nos entregarmos à idéia dessa lenda é sermos tratados como bonecos que sem nenhuma orientação são jogados pra lá e pra cá. Quem me chamou a atenção para este tema da paciência foi meu pai, que no tic-tac do relógio espera “agindo”. Estou pra conhecer alguém que toma as rédias da sua vida tão bem, esperando pelo próximo minuto. E o que vem, ao invés de derrubá-lo, acaba sendo um obstáculo a vencer. E quando vencido, causa admiração a si mesmo e a quem o rodeia.
É esperar para agir, para lutar, para, se Deus quiser, vencer. Vencer é viver. Por mais quanto tempo? Não sei. Na realidade, não importa, pois nesse momento, a caixa de Pandora é substituída pela caixa de Deus, pela caixa da fé, pela caixa do controle de um ser que reconhece que viver, mesmo sendo muitas vezes dificilmente suportável, ainda vê na vida um sentido: o sentido da busca do mistério que o segura vivo, pelas filhas, pelos netos, por si mesmo, pelo fôlego que foi dado a Adão e que também é seu.

Paciência é agir em direção à espera da conquista. Da vitória de não abrir a caixa de Pandora, pois é fora da caixa que estão desafios ainda maiores. O de crer, o de amar, o de viver e sobreviver aos males quase infindos que nos assolam. Mas está terminando! Estamos quase lá!! Pro meu pai, pra mim ou pra você, resta a ação de agir em direção a espera do eterno. E isso começa com a esperança que agora tem o sentido da fé. Siga em frente!!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Retorno

De volta... ao lugar que não deveria ter deixado
De volta ao único lugar que poderia melhor me acomodar
De volta não ao passado
De um jeito novo, com um jeito antigo, na mesma posição e em outro lugar
Voltando pra casa "nova a cada manhã"
Em nosso esconderijo, meu encontro contigo.

Pensar do seu jeito, ouvir suas palavras, expressão do seu pensamento
Que doce prazer, que grande alegria!
Saber que me ouves e que me falas também
Num simples momento, que doce encanto
Como esses vislumbres transformam minha realidade
Se pra alguém é passatempo, pra mim é adentrar na eternidade
É ser tocada por Teu amor.

Sei que me esperas como o Pai do filho pródigo
Mas insisto em bater à tua porta
Trazer à memória o privilégio de em teu acesso ter contigo comunhão.

Foi você que me ensinou o caminho do portal...
Onde deixo o humano e me encontro conhecendo o Divino
Onde posso ser aquela que te chama Pai
E que passa a Te conhecer como o tal
No pequeno, humilde, mas sublime MOMENTO DE ORAÇÃO.